Os primeiros cultos se realizavam ao ar livre na imensidade patagonica
Capela Galesa
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Possui um belíssimo campanário
Portas à realidade
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Capela de Trevelin
As capelas de Chubut
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Não se sabe se respondem a uma arquitetura tipicamente galesa, mas sim mostram uma forte influência européia
As capelas
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Foram centros culturais de funções múltiplas. Além da atividade espiritual e religiosa
Cultura Galesa
Os Galeses chegados em 1865 se nuclearam familiarmente em parcelas de terra designadas ao longo do Vale Inferior do Rio Chubut, estendendo-se lentamente a ocupação das chácaras desde Rawson ao oeste. Suas tarefas se centraram primordialmente na agricultura e a pecuária, sendo transcendentes as atividades culturais: música, solfejo, reuniões sociais, coros, Eisteddfods e literatura, junto a uma grande vocação jornalística e democrática.
As ocupações culturais diversas e a fé religiosa foram elementos unificadores que ajudaram a superar as circunstâncias difíceis; unido ao senso comunitário e acentuado talvez pela solidão que impunha a Patagonia, fizeram possível a persistência e o sucesso de fincar definitivamente a colônia galesa no Chubut. As capelas sempre foram centros culturais de funções múltiplas. Além da atividade espiritual e religiosa, incluíam o aspecto educativo, posteriormente modificado assim que foram construídos os edifícios para as escolas. Construíram-se também em habituais centros de reuniões políticas, deliberativas e inclusive comerciais.
Os primeiros cultos se realizavam ao ar livre na imensidade patagonica, logo nas casas particulares, nos celeiros e finalmente nas capelas. As denominações religiosas eram várias, sempre protestantes. Houve épocas em que se concorria à capela até três vezes ao dia, pelo qual se procurava localizá-las em locais eqüidistantes a não mais de 10kms. É assim que as dezesseis capelas existentes no Vale estão distribuídas nesse sentido. Outras duas estão localizadas na Colonia 16 de Octubre na Cordilheira provincial.
Em total, podem-se contabilizar trinta e quatro capelas construídas no período compreendido entre 1865 e 1925; mas deve-se esclarecer que não existiram todas de modo simultâneo, doze foram arrasadas por diferentes inundações, algumas reconstruídas, e outras foram demolidas por causas várias: por haverem sido destruídas por temporais, por serem muito pequenas, ou ficarem situadas na rua ao mensurar as chácaras.
Arquitetura
Não é possível afirmar que as capelas de Chubut respondam a uma arquitetura tipicamente galesa, mas sim mostram uma forte influência européia, á qual se soma uma adaptação aos materiais disponíveis no lugar no momento da construção de cada uma. Em geral, se construíram de tijolos com junta de barro.
Os pisos, teto, janelas e portas foram feitos de madeira de pinotea, assim como os púlpitos e bancos, em alguns casos com detalhe de trabalho. Os tetos, em sua maioria a duas águas, são todos de chapa de zinco, suportados por estruturas de madeira. A planta do edifício costuma ter forma de "L" ou de retângulo. Originalmente, a iluminação era com lâmpadas penduradas a querosene, das quais se conservam muito poucas.
Capelas galesas localizadas no "Valle Inferior del Rio Chubut" e "Valle 16 de octubre"